quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Onde andará o meu amor?

A noite visita os corações solitários com uma marca, e deixa uma impressão que não sai facilmente, um vazio que remete ao passado,
um oco que não permite ver o futuro, um crescer de frustrações, um desejo de ser de alguém...

Onde os braços quentes que tanto desejas? Onde os lábios úmidos que tanto anseias? Onde o riso cúmplice das madrugadas cheias de amor? Onde a ternura tão ausente na alma carente? Onde estará o seu amor?

Talvez na imensidão do Universo, preso em alguma estrela mais longínqua, ou em problemas da vida cotidiana, vida massacrante, brochante, irrelevante, que nos faz assim tão solitários, tão carentes e tão medrosos.

O que será que a brisa da noite veio falar? O que significa esse vento gelado no rosto? Ausência de mim mesmo? Medo da morte? Medo do escuro véu da madrugada, que se apresenta mais uma vez vazia, solitária, dolorosamente solitária e triste, então, levanto os olhos, como quem insiste, como quem quer fugir da dor, em busca da alma companheira, eu pergunto:

Onde andará o meu amor?

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